Animais de Companhia

A quimioterapia é o tratamento por excelência para doenças oncológicas sistémicas (como por exemplo o Linfoma) e é utilizada como adjuvante da cirurgia podendo ser utilizada tanto antes como depois desta.

É importante desmistificar a questão da quimioterapia devido à associação desta aos efeitos secundários a que estamos habituados a assistir em medicina humana. Em veterinária 5% dos animais necessitam de assistência hospitalar devido a efeitos secundários da quimioterapia. O nosso principal objectivo para um animal que esteja a fazer quimioterapia é que este tenha qualidade de vida.

No hospital escolar encontramo-nos totalmente equipados para a elaboração dos mais diversos protocolos para a grande maioria dos tipos de cancros.

Os nossos serviços de quimioterapia estão disponíveis tanto para os nossos pacientes, como para casos referenciados por colegas que não tenham condições para realizar determinado protocolo nas suas instalações.

Neste momento, mas sujeito a alargamento, a quimioterapia é realizada às terças e quintas sendo que os animais são recebidos às 9 ou 14h (consoante o horário do médico veterinário responsável), ficando hospitalizados durante 4 a 5 horas, tendo alta posterior.

Médico veterinário responsável: Dr. Gonçalo Vicente

No Hospital Escolar da Faculdade de Medicina Veterinária de Lisboa encontra a possibilidade de vacinação do seu animal de companhia segundo os mais recentes protocolos.

A vacinação dos animais de companhia é de extrema importância para o controlo de doenças infecto-contagiosas e de potenciais zoonoses (doenças transmitidas ao Homem).

Poderá vacinar o seu animal contra doenças tais como:
- Esgana, parvovirose, hepatite, leptospirose, tosse de canil, raiva e hemoparasitas (leishmaniose, babesiose) no cão - Calicívirus, clamidiose, herpesviroses, panleucopénia e leucemia felinas.

O serviço de vacinação do Hospital da Faculdade de Medicina Veterinária de Lisboa, em perfeita articulação com as consultas de Medicina Interna, Doenças Infecciosas e serviço de diagnóstico (detecção de agentes infecciosos e titulação de anticorpos vacinais) permitem a adequação individual dos protocolos de vacinação.

Esta individualização confere grandes vantagens tanto para criadores como para o público em geral.

O electrocardiograma integra a avaliação cardiológica do paciente e é sobretudo importante na avaliação das alterações rítmicas. Sendo necessário pode ser realizado em repouso e em esforço.

O termo endoscopia significa “olhar para dentro”. É um exame médico que visa a observação do interior de cavidades ocas, como o aparelho digestivo, respiratório ou urinário, através de aberturas naturais (boca, ânus, nariz, ouvido e uretra).

Tem como grandes vantagens, relativamente à opção cirúrgica, ser um procedimento menos invasivo, menos dispendioso e com uma recuperação mais rápida e menos dolorosa.  

A endoscopia pode ter um objectivo diagnóstico e/ou terapêutico. Em traços gerais, podem-se diagnosticar por visualização alterações morfológicas (inflamações, hemorragias, estenoses, divertículos, massas), ou obter amostras para análise, como biópsias para histologia ou lavagens bronco-alveolares para citologia, bacteriologia ou micologia. A endoscopia terapêutica inclui a dilatação de estenoses, colocação endoscópica de tubos gástricos para alimentação e a extracção de corpos estranhos.

No Hospital Escolar da FMV realizam-se os seguintes procedimentos:
 - Endoscopia digestiva alta: esófago, estômago e duodeno
 - Endoscopia digestiva baixa: cólon, íleo, ceco
 - Endoscopia respiratória: nasofaringe, laringe, traqueia, brônquios
 - Laringoscopia: laringe
 - Otoscopia: conduto auditivo
 - Uretrocistoscopia: uretra e bexiga
Os exames são realizados por reencaminhamento interno, ou por marcação, através do e-mail do Hospital Escolar ( Este endereço de e-mail está protegido de spam bots, pelo que necessita do Javascript ativado para o visualizar ).

Médicos veterinários responsáveis: Dra. Sofia Mouro e Dr. Rodolfo Oliveira Leal

A ECOGRAFIA é um meio de diagnóstico não invasivo que utiliza a reflexão do ultra-som para obter em tempo real imagens produzidas por estruturas e orgãos dos nossos animais.

São várias as suas utilizações: ecocardiografia (ecografia ao coração), ecografia abdominal, ecografia torácica e cervical, ecografia músculo-esquelética e ecografia ocular. Aplicação de Doppler colorido, pulsado e contínuo.

Realizam-se também citologias e biópsias ecoguiadas para diagnóstico definitivo de determinadas lesões.

O nosso hospital dispõe diariamente deste serviço. Sujeito a marcação prévia, excepto ecografia de urgência.

A ecocardiografia ou ecocardiograma com Doppler permite diagnosticar a estrutura e do funcionamento do coração, usando ultra-sons. É um exame importante para avaliar a normalidade dos fluxos sanguíneos e para diagnosticar diversas doenças, do músculo cardíaco, das válvulas e restantes estruturas.

No Hospital pode-se ter acesso a consultas de primeira opinião, a consultas de referência e a consultas de 2ª opinião, estando para tal disponíveis várias especialidades.

 

Dar sangue é dar VIDA!!!! Colabore connosco, os animais agradecem!

Tal como os humanos, os animais também podem necessitar de transfusões de sangue ou produtos derivados para auxiliar o tratamento de variadas situações, como por exemplo traumatismos, anemias, choque, doenças infecciosas, insuficiência hepática, gastroenterites, intoxicação por rodenticidas, doenças hereditárias como a hemofilia, estabilização para uma cirurgia, etc.

Existem mais de uma dúzia de grupos sanguíneos no cão, dos quais o DEA 1.1, 1.2 e 7 são considerados os mais importantes e podem designar-se “dadores universais” os cães negativos a estes três grupos. No gato, os grupos sanguíneos clinicamente relevantes são o A, B e AB, não existindo “dadores universais”, pois os gatos apresentam anticorpos naturais contra outros grupos sanguíneos. Assim, de modo a realizar uma transfusão com a máxima segurança, é fundamental realizar a tipificação dos dadores e receptores e, em transfusões subsequentes, realizar uma prova de compatibilidade adicional, o crossmatch.

No sentido de auxiliar a clínica de animais de companhia, surgiu o primeiro Banco de Sangue licenciado pela Direcção Geral de Veterinária, um serviço disponibilizado pela Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade Técnica de Lisboa, desde Outubro de 2008. Resumidamente, são recebidos dadores em regime de voluntariado, procedendo-se a um registo da história do animal, exame físico e colheita de amostras de sangue para despiste de doenças infecciosas, tipificação do grupo sanguíneo e análises aos glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas. Sob sedação ligeira, é então realizada a colheita de sangue para um saco contendo anticoagulante, podendo ser armazenado tal como está, ou separado em dois componentes e armazenado sob a forma de concentrado de glóbulos vermelhos e plasma fresco congelado.

Geralmente, em cada dádiva canina são recolhidos 250 ou 450 mililitros de sangue, consoante o peso do cão e em cada dádiva felina são recolhidos cerca de 52,5 mililitros.

Para poderem ser dadores, os animais devem ser saudáveis, compreenderem uma idade entre 1 a 8 anos, estarem desparasitados, pesarem mais de 15 quilos, no caso do cão, ou 3,5 quilos, no caso do gato, e virem em jejum de comida de 12 horas e em jejum de água de 4 horas.

As dádivas são efectuadas em dia e hora a combinar entre os responsáveis pelo Banco de Sangue Veterinário e os donos dos dadores, podendo ser marcadas directamente na recepção do Hospital Escolar ou pelo telefone 213652893, das 9 às 20 horas. Cada dador pode dar sangue a cada três meses, tendo a vantagem de ficar a saber o seu grupo sanguíneo e se está saudável (check up analítico), além de ajudar um ou mais animais que necessitem do seu sangue.

Colabore connosco, os animais agradecem!

 

Direcção Técnica: Prof. Constança Pomba
 
Clínicos responsáveis: Dra. Joana Gomes, Dra. Paula Brito Serrão, Dra. Joana Almeida
 
Colaboradores: Dra. Cátia Marques

A electrorretinografia é um exame complementar de diagnóstico que avalia a função retiniana. Está indicado nos casos em que há suspeita de doenças que afectam a retina tais como a atrofia progressiva da retina e a degenerescência súbita da retina adquirida. Além disso, é um exame indispensável antes da realização de cirurgia de cataratas.tudantes sob orientação de um Médico Veterinário.

O Hospital da FMV realiza durante o período de funcionamento e por marcação os seguintes serviços de cirurgia:

 

- Ortopédia: redução fracturas, rotura de ligamento cruzado anterior (técnica TTA e sutura extracapsular), osteotomia dupla/tripla da bacia.

- Abdominal – Shuntsporto-cava, Oncológica, ureteres ectópicos, e toda a cirurgia abdominal geral.

- Torácica – Alterações cardíacas congénitas e oncologia pulmonar.

- Neurologia, Hérnias discais, Wooblers, fracturas/luxações vertebrais eTumores cerebrais.

- Oftalmológica: Geral, cataratas.

Todos os animais antes da cirurgia deverão fazer uma consulta prévia para avaliação pré-operatória.

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